segunda-feira, 7 de julho de 2014

"18 Segundos" de George D. Shuman [Opinião]

18 Segundos é o romance de estreia de George D. Shuman, um autor que trabalhou como polícia durante vinte anos.

Neste thriller, conhecemos Sherry Moore, uma mulher invulgarmente bela, cega, vulnerável e compassiva, que é capaz de «ver» o que ficou gravado nos últimos 18 segundos de memória que antecedem a morte de uma pessoa. Este seu dom leva a que ela seja procurada por detetives a quem ajuda a resolver casos criminais.
A tenente O'Shaughnessy é uma das detetives que vai necessitar da ajuda de Sherry para capturar um terrível serial killer envolvido em casos de desaparecimento de jovens mulheres.

Desde o início do livro que conhecemos a identidade do assassino, e a própria sinopse menciona o seu nome. Earl Sykes acabou de sair em liberdade após cumprir trinta anos de prisão devido a um desastre de viação pelo qual foi considerado responsável.

O interessante neste livro é que assistimos aos crimes, conhecemos os planos do assassino e, por outro lado, assistimos à investigação policial, que por diversas vezes se depara com becos sem saída.

A escrita do autor não é tão cativante como eu esperava, alguns capítulos são um pouco parados, embora não sejam maçadores. Eu gosto de thrillers e policiais que me agarrem logo desde as primeiras páginas e, nesta leitura, isso só aconteceu na segunda metade do livro. Aqui, a ação torna-se mais presente, com momentos de tensão e perigo e um clímax empolgante.

Quanto às personagens, gostei e simpatizei com a Sherry, porém penso que ela teve pouco destaque no livro. Por outro lado, o autor desenvolveu bastante a vida pessoal da tenente O'Shaughnessy, o que não me agradou de todo e não me ajudou a criar empatia com esta personagem.

Apesar de não ser dos melhores thrillers que já li, empolgou-me o suficiente para querer ler o livro seguinte do autor. No entanto, fico desiludida por a Editorial Presença só ter publicado os dois primeiros volumes desta série, o que me leva a acreditar que os dois primeiros livros não foram suficientemente apelativos para o público, de forma a justificar a publicação de mais livros, o que é uma pena.

Classificação: 3/5 estrelas

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